Festa da Páscoa 2010

Era mais uma bela festa em nosso Salão Principal, eu estava realmente feliz com toda a decoração e todos os participantes esponjando alegria. Pude ver presenças ilustres como: o Ministro da Magia, o diretor Alastor dançando com seu filho e esposa, as diretoras Sophie e Lívera também estavam lá, e estavam perfeitamente bem vestidas, alguns membros da Ordem da Fênix completavam a vasta mesa do corpo docente, meu convidado para o corpo docente, o Henri, que foi meu companheiro de casa comunal em nosso tempo de estudos (porem em anos diferentes), se tornou monitor, depois monitor chefe, e quando comecei a lecionar Herbologia na AML, era o melhor aluno que já pisara na Academia, sim, ele também estava la, sinistro como sempre foi e quis ser.

Fui cumprimentar a todos, e pude sentir o clima de amor que estava no ar. A festa realmente estava demonstrandoo espirito da páscoa que há em todos. Não fui de imediato daratenção a minha amada, apenas acenei para ela e dei uma piscada deolhos. Precisava ver os alunos, se eles estavam se divertindo e setodos estavam presentes, não queira ver ninguém fora da ocasião.Alisson Lancaster estava omendo, assim como Luna Tonks, e foipensando neles que eu me encontrei a procura da Miranda Fox, onde estariaaquela garota inteligentíssima? Fiquei minutos a fio procurando-a pelo Salão Principal.

Eu continuava a procurar por Mimy, onde estaria aquela garota? Já estava esgotado quando passei pela mesa da Joie e fui pegar uma fatia do lindo bolo de consolo para os alunos daquela casa tão querida e ao mesmo tempo mortífera, dei uma mordida e pude perceber que o bolo estava delicioso. Encontrei Emílio Fox e fui trocar umas palavras com ele, falamos coisas sobre décadas passadas, um assunto cansativo e intelectual. Avistei Henri, ele estava muitíssimo mais sinistro do que todos os dias de sua vida (se é que isso é possível), eu dei licença ao Fox e fui beliscar um docinho na mesa da Brave, ao olhar para frente tomei um susto enorme, ele era mesmo diabólico, tudo que pude ouvir foi:

- Entre o Branco e o Negro, existe o Cinza... - sussussou Lívera sabiamente, enquanto acompanhava com o olhar o sinistro Henri Villadesko retirando-se da festa. Havia algo fora do comum naquele homem; ele era, sem dúvida, algo mais do que aparentava ser.

Tinha certeza de que alguma coisa aconteceria, dentro ou fora do castelo. Aquelas pessoas sorrindo, comendo e dançando formaram um breve aperto em seu coração. Não sabia por que, nem como sabia, seu instinto simplesmente lhe alertara. Algo ruim estava por vir, era só uma questão de tempo.

Notou que Miranda conversava com Luna; afinal eram amigas. Grandes amigas. Notou também que Rafael Lestrange, o namorado de Mimy, acenava para ela. Lívera não gostou nem um pouco disto, mas relevou aquela atitude, pois apenas ela sabia como era bom ver sua filha tão feliz... Mas, por que a felicidade havia de ser momentânea? Era incrível como tudo que nos agrada dura tão pouco e como sempre estamos insatisfeitos.

Subitamente percebeu que estava apertando sua varinha com tanta força, que mais um pouco poderia quebrá-la. Cessou o aperto imediatamente. "Acalme-se, Lily." - adivertiu-se mentalmente - "É apenas um pressentimento. Nada concreto." E mesmo tendo (quase) certeza de que tudo correria bem, não tirou os olhos da filha. Permaneceria na festa. Não para divertir-se como anteriormente planejara, mas por um outro motivo muito mais interessante.

Miranda notou que Lívera não tirava os olhos dela. Sentiu-se incomodada; odiava ser observada, mesmo sabendo que a mãe não o fazia por mal. Pegou aleatoriamente um docinho da mesa, mas não pôs na boca. Continuou a encarar a mãe.

Acordou de seus devaneios assim que Luna falara.

- Ha... Obrigada, Lu. - respondeu Miranda, corando violentamente. - Ahn... Você é minha amiga e eu vou falar a verdade, não estou bem, não.

Luna faz menção de indagar o por que, mas a loura respondera prontamente:

- É a minha mãe, ela está estranha. Fica me olhando... - murmurou a garota, de modo que apenas a amiga pudesse ouvi-la - Por que acha que ela está assim?

Miranda ficara simplesmente surpresa. Tanto por Luna ter perdido os pais, quanto por ter feito uma pergunta tão incômoda a garota. Sentia-se, na verdade, uma perfeita idiota. Corou novamente, e remexeu-se no banco involuntáriamente.

- Ahn... Desculpe por ter te perguntado isso, Lu. Eu... - balbuciou a loura, envergonhada. Sem encarar a amiga. - Eu vou à mesa da Obskurní, pegar alguns doces. Já volto.

Doces era a coisa pela qual Miranda menos se interessava. Contudo, levantou-se de um salto, e simplesmente correu até a mesa da Obskurní. Fora indelicada com a melhor amiga, sabia disso.