25 de Março | Segunda | RP Fechada - Janna e Alisson

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25 de Março - Segunda - Fim de tarde
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Eu senti falta da escola, senti mesmo, apesar de não ser uma nerd que adora estudar, quando estou aqui me sinto parte de algo sabe, como se estivesse no lugar certo. É bem verdade que sempre tem aqueles idotas preconceituosos, que se dão ao trabalho de infernizar minha vida só porque acham que são melhores que eu por ter o sangue puro.

Agora eu pergunto, de que adianta ter o sangue puro e a alma tão suja quanto uma vala?
O castelo da AML tinha ficado incrível, mais bonito que o antigo e com uma arquitetura mais detalhada, moderna...e porque diabos eu estou falando feito uma crítica de revista? O lugar ficou legal e ponto. Os primeiros dias de aulas estavam sendo cansativos, e no meu caso, particulamente estressantes, já que alguns retardados mentais resolveram compesar todo o tempo sem me ver, me insultando em dobro.

Durante o primeiro dia de aula eu tentei me controlar, não queria ser a primeira á estreiar a sala da nova diretora. Mas também não tenho sangue de barata pra ser pisada pelos outros e ficar calada né! E lá estava eu caminhando tranquilamente por um dos corredores do primeiro andar do castelo, meio distraída eu confesso, afinal todos aqueles adornos ainda me impressionavam. Foi assim que senti meu corpo bater numa barreira, me fazendo cair no chão. Olhei para cima e visualizei a última pessoa que queria ver naquele momento, e não porque a odiava, mas justamente o contrário, Alisson Lancaster.

- Vê se olha pra onde anda, seu idiota! - reclamei enquanto me levantava e com as mãos limpava a parte de trás da minha roupa. Era difícil admitir que tanta hostilidade, era pra esconder e tentar convencer a mim mesma que não sentia nada por ele. Não podia sentir. Afinal, nunca teria chance alguma com uma pessoa tão preconceituosa quanto o Lancaster. Ele era bom, ou pelo menos era quando o vi pela primeira vez, á alguns anos atrás. Talvez tenha até tenha sido o jeito corajoso com que se opunha publicamente contra as maldades do atual Lord das Trevas, seu padrinho, que tenha despertado minha admiração.

Mas com o passar do tempo, descobri que me apaixonar pelo Lancaster foi uma burrice total.

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Tédio, palavra ideal para descrever os últimos dias no castelo. Nada, absolutamente nada tinha acontecido desde o embarque pro castelo. Sua cabeça ainda estava doendo, fizera um esforço tremendo para ler a mente de Sarah e tentar invadir a mente de Theodoro. Já havia passado alguns dias, mas na verdade ele estava tentando descobrir algumas coisas, mistérios escondidos através dos séculos, entre eles um em particular interessava o Lancaster, algo que ainda vivia no interior daquele castelo. Na verdade ainda estava cansado mentalmente porque tentou sem sucesso para sua frustração descobrir alguma coisa de Emilio Fox, o melhor a fazer no momento era descansar, mas antes passaria na biblioteca, tinha a impressão que poderia descobrir algo.

O garoto estava perdido nos seus pensamentos, em conjecturas, em possíveis soluções. Caminhava lentamente pelos corredores, sem prestar atenção nos trausentes, caminhava tranquilamente quando sentiu um corpo chocar-se com o seu, a garota havia caído no chão, por um momento o Lancaster pensou se tratar de Ana, aluna da Hakí e já ia estendo a mão para ajudar a sangue-puro quando escutou uma voz conhecida, o insultando. O garoto ao olhar para o chão deparou com Janna, batedora do time da Brave. Com um gesto rápido passou a mão que estava estendida sobre sua roupa como a limpar-se de poeira. -- ora, ora se não e a mestiça esquentada da Brave, meça suas palavras garota. Disse em sua costumeira voz etérea, com uma tonalidade que evidenciava a superioridade do garoto.

Janna continuava no chão, por mais estranho que isso possa parecer, ele não a estava insultando, e até elevou-a para mestiça, já que a mesma não passava de uma nascida trouxa, sangue podre. Conhecia-a dos jogos de Quadribol, e ele tinha que admitir que ela seja uma ótima jogadora, e que costumava dar trabalho para o time da Hakí. Voltou o olhar para a garota que agora já tinha se levantado, olhava dentro dos olhos, e sentia algo bom, que ele não sabia o quer era, ou como explicar, o fato é que ele não tinha a intenção de deixá-la ir tão cedo, queria descobrir qual mistério ela trazia nos olhos.

Mensagens : 54 Player : Aninha

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Como uma pessoa consegue ser tão insuportavelmente irritante como aquele garoto? E pior, como que uma pessoa – eu – consegue ser tão lesada á ponto de se apaixonar por alguém assim? “Agh, que droga Janna! Como você é idiota, mais do que ele até!” ainda no chão, não deixei de perceber que ele tinha recolhido a mão que oferecia ajuda, assim que me reconheceu. E sim, aquilo doía e muito, cada insulto, cada gesto e sinal de desprezo que o vidente fazia questão de dirigir á mim, era como um espinho que espetava meu coração. E que só me dava a certeza absoluta de que ele jamais me olharia com outros olhos, jamais meu sentimento seria correspondido e essa certeza só me mostrava o quanto eu era tola.

- Ora, ora se não é a mestiça esquentada da Brave, meça suas palavras garota – e lá estava ele de novo, me olhando de cima pra baixo com seu irritante tom superior, eu tinha vontade de quebrar aquele nariz empinado dele só pra mostrar o quão superior meu punho podia ser. Me levantei limpando a poeira da minha roupa - Olha só, se não é o sabe-tudo insuportável da Hakí, e se eu não medir minha palavras você vai fazer o quê? - perguntei em tom desafiador.

Cruzei os braços enquanto o regulava de cima á baixo, ele tinha mudado bastante desde a última vez que o vi, estava mais bonito porém trazia no olhar uma frieza fora do normal, definitivamente aquele não era o Lancaster que eu conhecia. Mas cá entre nós, isso não alterava muita coisa, tanto o antigo quanto o atual me odiavam do mesmo jeito. - Meça VOCÊ suas palavras pra falar comigo seu idiota preconceituoso, eu não sou dessas pessoas que você saí insultando por aí e que não fazem nada, não tenho medo de você. Pra mim você não passa de um videntezinho metido a besta que se acha superior só por que tem o sangue puro, mas que na verdade não passa de um nada. - tá, e também é dono do olhar mais penetrante e dos olhos mais bonitos que já vi, e do sorriso que de tão raro, quando surge alegra meu dia e me faz sorri. É até um ironia que esse sentimento que ás vezes me desperta algo tão bom, também me faça sofrer.

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Alisson desviou o olhar da garota, por alguém desconhecido não conseguia observá-los por muito tempo, não ousou usar legilimencia com ela, já que nem mesmo conseguia manter o olhar fixo no rosto da garota, o que estaria acontecendo? Deveria ser o cansaço mental ainda não havia se recuperado totalmente da viagem de volta, que fora agitada e estressante. Ainda tinha que preparar uma poção revitalizante, só que no momento não estava animado para prepará-la, preferiu passar na enfermaria e ver o que eles tinham, eles deveriam ter algo que o ajudasse. Estava se virando com uns sapos de chocolate, e é claro que ele não utilizaria métodos trouxas, até porque os remédios que eles fabricavam não dariam jeito em sua dor de cabeça, não mesmo.

O vidente tinha que admitir a garota era corajosa, ousada. E ele gostava disso, mas não deixaria passar em branco o insulto dirigido a ele, no momento não estava com paciência para discussões e para aturar criaturas como Janna, por isso tinha a poupado de comentários maldosos, limitando-se a chamá-la de mestiça e ordenando que ela se colasse no seu devido lugar, já que a mesma começara os insultos. -- Acredite é melhor que não saiba. Respondeu sem demonstrar qualquer emoção, sua voz soava fria e seca, olhou para a garota e fixou os olhos na mesma, não iria tentar a ler a mente da mesma, até porque não se interessava,tinha coisas mais importantes a fazer do que perder tempo com ela.

O garoto colocou a mão dentro de seu bolso, e olhou-a com desdém. Ele não precisava utilizar-se de palavras para provocar alguém bastava um olhar, o garoto abriu um sorriso nos lábios, não era forçado ou por estar achando graça, mas algo que revelava sua superioridade, algo que estava muito além do sangue, e ela deveria saber muito bem disso. – eu não perco meu tempo insultando ninguém por ai, e você sinta-se honrada por eu estar aqui, perdendo meu precioso tempo, falando com você.O garoto deu uma risada gostosa, estava se divertindo, a dor de cabeça estava até passando, na verdade estava estressado e aquele esbarro em Janna o tinha animado.

Mensagens : 54 Player : Aninha

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- Acredite é melhor que não saiba. - nem me dei ao trabalho de retrucar, apenas lhe respodi com um sorriso debochado acompanhado de um olhar penoso. Chegava a ser digno de pena como o garoto se achava o senhor todo poderoso e inatingível, por um motivo tão banal como a pureza de sangue. Mas um dia ele cairía de seu pedestal, e eu queria estar perto quando chegasse o momento em que ele precisaria da ajuda de um dos "sangue ruins" que ele tanto desprezava.

Pra ser sincera, por mais irritante que ele conseguia ser eu não queria brigar, porque toda vez que isso acontecia era eu quem saía magoada com suas palavras de desprezo. Já deveria estar acostumada com isso, eu sei, mas por mais que tente, nunca se está preparado para receber a indiferença de quem você gosta.

Senti seu olhar desdenhoso sobre mim, e por mais que quisesse desviar, mantive meu olhar firme encarando-o. Então ele sorriu, mas não um sorriso natural, desprovido de qualquer significado, daqueles que me fazem guardar na lembrança e relembrar ao me deitar, na esperança de revê-lo em meus sonhos. Era um sorriso carregado de arrogância e prepotência, não menos nocivo do que as palavras que disse a seguir - eu não perco meu tempo insultando ninguém por ai, e você sinta-se honrada por eu estar aqui, perdendo meu precioso tempo, falando com você.

Uma pontada atingiu meu coração, e senti uma vontade enorme de chorar, uma perca de tempo, era só isso que eu significava pra ele, não passava de uma imensa perca do seu precioso tempo. Desviei o olhar para o lado por um instante, disfarçando, e tentando conter as lágrimas que teimavam em marejar meu olhos azuis, não queria dar o gostinho dele me ver chorando - Pois então faça um favor pra mim e pra si e mesmo, não perca seu tempo comigo que eu não perco o meu tempo com você. - respondi secamente, com a voz levemente estremessida pela vontade de chorar.

Não podia mais ficar ali, ou acabaria desabando em lágrimas na frente dele, então sem dizer mais nada avancei esbarrando com força e propositalmente em seu ombro, me afastando com passos rápidos e espaçados. E de costas para o vidente, finalmente deixei as lágrimas descerem escorrendo por meu rosto, e o mais triste é que a única pessoa que poderia enxugá-las, era a mesma que causara as mesmas.

AÇÕES FINALIZADAS!!!

NOTA: Essa semana tá muito corrida pra mim, muita coisa pra estudar e pouco tempo pra postar, então achei melhor encerrar logo.

Mensagens : 549 Player : Alisson

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O que estava acontecendo? Porque ele estava preocupado, porque ele estava sentindo uma pontada no estomago, o coração acelerar. Por mais que tentasse não conseguia desviar seu olhar da garota, seu pensamento era estar ali, não tinha forças para se mover. Ele estaria sendo enfeitiçado? Não seria possível que uma simples bruxa o conseguisse, qual feitiço ela estaria usando? “Não, não mesmo, isto não é possível” o garoto desviou o olhar da mesma, ele era mais forte do que qualquer encanamento que a nojenta da sangue-ruim fosse capaz de realizar. Esvaziou sua mente, concentrou-se em outro lugar, era difícil, mas aos poucos ia se libertando da imagem amável que se formara em sua cabeça, sentia um desejo inexplicável, algo que mexia profundamente com seu ser, ele era mais forte, tinha que ser.

A voz da garota o havia despertado, ele tinha voltado a realidade, desviou o olhar, e este encontrou o olhar de um Lancaster, não vivo, mas de uma estatua que representava os muitos diretores que o castelo já tivera, era como se ele falasse, muitas coisas iam a sua cabeça, não conseguia se controlar. Sua vontade era gritar, já que sentia uma dor lancinante, era como se voltasse ao tempo, vendo uma garota morrendo. O rapaz fazia um esforço, mas não reconhecia a aluna que estava de costas para ele, ao que menos esperou esta havia voltado o rosto, uma face conhecida, o garoto levou a mão ate a cabeça numa tentativa de controlar tudo aquilo. A dor que sentia era profunda, muito além do físico, sentia uma angustia algo que penetrava sua alma.

O garoto havia caído, estava com os joelhos no chão suas mãos ainda prendiam sua cabeça, suava, tudo estava escuro. Acordara em um salão enorme, as paredes eram revestidas de uma pele negra, o piso era branco. E no teto não se via nada, tudo era escuro. No final da sala, encostada em uma das paredes havia um espelho, ele caminhava em direção ao mesmo, em passos lentos como se estivesse em duvida se o deveria fazer. Ao aproximar-se do mesmo, viu a imagem de uma garota achacada chorando, tinha uma forte impressão de que conhecia a mesma, porém, não conseguia se recordar de onde, quem era.

Ao aproximar-se da garota de cabelos loiros, sentia um forte remorso, como se ele fosse o responsável por tanta dor, o estranho é que ele não se importava com o sofrimento dos outros, ele frio, mas naquele momento tudo era diferente. O espelho tinha sumido, mas a garota continuava em seu lugar. O garoto colocou sua mão nos ombros da mesma, e ao virar-se ele deparou-se com ele mesmo, a loira que antes estava ali dera lugar a ele mesmo, o cenário também havia mudado, tudo estava em volto em chamas, em trevas. Ouviu se um grito, Alisson estava novamente nos corredores, estava sozinho. Sentiu-se muito mal, não sabia o que fazer, lagrimas desciam por seu rosto, o chão estava molhado. Algo muito estranho estava acontecendo por ali.

Ações Finalizadas

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Ações Finalizadas com Sucesso