RP Fechada - Sarah Collins. / 18 de Abril - Quarta-feira - 08hrs10min.

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18 de Abril - Quarta-feira - 08hrs10min.
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RP Fechada - Sarah Collins.
Narração e Pensamentos - Falas - "Falas de outros".

Apressou-se a pentear os cabelos louros molhados, colocou a capa preta sobre as vestes acadêmicas e saiu do dormitório. Acordar tarde e perder o primeiro tempo de aula lhe custaria um pouco caro, visto que teria de usar um pouco do seu pouco tempo livre para repor o assunto dado, mas não se arrependia de ter passado boa parte da noite pensando em quão agradável fora seu jantar e o papo com a garota que até então não conhecia profundamente. Ao passar pelo centro do salão comunal olhou por alguns segundos o talismã do destino que ali estava, uma capa preto-acinzentado que guardava grandes mistérios e poder, tocou em sua proteção de vidro e desejou nunca tê-lo roubado de Sarah, mas infelizmente o tempo não podia ser manipulado. O importante é que havia terminado sua missão com sucesso e ajudou a restaurar o equilíbrio e reconstrução do castelo de Legilimência, missão dada é missão cumprida, morrer antes ou depois era apenas um detalhe adicional, e acreditem trair a confiança de um Collins é pedir sua sentença.

Os corredores ecoavam o barulho dos seus calçados pisando no mármore, estavam completamente vazios já que as aulas aconteciam normalmente para os que não perderam a hora. Os livros estavam colocados de qualquer modo embaixo do braço esquerdo, a mente vidrada em como iria conseguir fazer uma amortentia no próximo tempo se não havia nem lido sobre o preparo de tal poção, revisar assuntos de outros anos em poções estava sendo bastante pesado para o jovem bruxo, sempre tratou poções como algo que não lhe seria muito útil no futuro. BUM! Bastou um barulho de queda amortecida para que ele derrubasse rapidamente os livros, girasse num ângulo de 180 graus agachando-se e sacando a varinha simultaneamente. O coração acelerado palpitava a ponto de romper sua caixa peitoral e pular para fora do corpo. Se sentia ridículo por ter feito aquilo e ter reagido daquela maneira apenas porque um primeiranista acidentalmente derrubara um pequeno mural de avisos. – Que idiotice! – Resmungou enquanto o novato corria na direção oposta em que ambos estavam indo.

Não havia percebido que estava sendo acompanhado por alguém que vinha logo atrás, foi só isto que o fez se assustar, não tinha motivos para andar vendo coisas por aí, não é mesmo? E nem motivos plausíveis para fazer novamente uma cena daquela, imagina só se tivesse ferido o novato? E se suas pretendentes tivessem visto? Respirou fundo e levantou após ter terminado de catar todos os livros. Deu uma olhada em volta e se viu sozinho. Um enorme sol já se formava lá fora e sua testa suava frio o deixando com um pouco de mal estar. Tac, Tac, Tac... Os calçados voltaram a emitir o barulho ecoado em todo o corredor. Subiu as escadas e exatamente a primeira coisa que viu foi Sarah Windsor Collins andando em sua direção, neste momento a sineta tocou sinalizando o fim do primeiro tempo de aula. Acelerou o passo pedindo para Merlin que não fosse abordado pela prima.

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Eu estava perdendo meu tempo naquela maldita escola, praticamente todo o conteúdo visto nas aulas eu já sabia, pouca coisa do quinto ano poderia ser acrescentada ao meu conhecimento já extenso. Por que aprender feitiços simples de defesa e azarações idiotas, se sou capaz de executar com perfeição feitiços avançados como as maldições imperdoáveis? Pra que perder meu tempo fazendo poções ridículas como Amortentia? Afinal quem é que não sabe preparar ainda o líquido de brilho perolado que induz o amor, e cujo nome significa tentação?

Permanecer nas aulas exigia cada vez mais da minha paciência, e me limitava á escutar a voz irritante dos professores explicando algo que aprendi aos doze anos. Era algo tão entediante que até mesmo meu antigo costume de responder as perguntas feitas não existia mais, não me importava com os pontos que a Hakí poderia ganhar com cada resposta correta. Pra mim nada mais importava naquela escola, por mim ela poderia ser destruída novamente que não faria a mínima falta, e dessa vez eu até ajudaria.

Pouco antes da sineta anunciar o término da aula de História da Magia, eu atravessava a porta ansiosa por me ver longe daquela prisão de quatro paredes e um quadro negro. Com passos firmes virei á direita no corredor mais próximo, rumo á Comunal da Hakí, precisava me ver livre de toda aquela gente medíocre, queria ficar sozinha. Mas um cabelo loiro me chamou a atenção mais á frente, não somente por ser familiar mas pela pressa repentina com que seu dono havia acelerado os passos.

Desde o dia do embarque que não via Theodoro, não encontrava nos corredores, nem do Salão principal, e se estava durante as aulas, nunca percebi sua presença. Podia-se constatar facilmente que estava fugindo de mim, óbvio, estava com medo das minhas ameaças. Não o culpo, sou bem capaz de cumprí-las - Segundo meu pai, os Lestrange costumavam prezar mais a honra... - minha voz soou fria por detrás dele - Além de traidor, agora também é covarde, querido primo?

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Jamais toque num ponto fraco de um Lestrange. Subestimá-los e humilhados é um caminho errado para se iniciar um diálogo, principalmente com aquele garoto que agora se achava extremamente importante por ter tido a oportunidade de estar frente a frente com o Lorde das Trevas. Não importava se Sarah era filha dele, o que importava era que o jovem Lestrange se sentia a ultima bolacha do pacote e nada nem ninguém tiraria este seu pensamento. Desonrado, traidor e covarde; Aquilo fora a gota d’água para que enfim o copo transbordasse. – Com quem você pensa que está falando? Você acha mesmo que pode ficar ameaçando as pessoas por aí? – Um surto de adrenalina passou por suas veias e se viu segurando a blusa da prima e empurrando seu corpo contra a parede, a varinha em punho apontando para o rosto da Collins. – Entenda que segundo o seu pai eu sou mais útil agora... – Sussurrou sarcasticamente para pirraçá-la.

Se o corredor já estava cheio antes, agora amontoavam-se as pessoas uma em cima da outra para ver o que estava acontecendo. Que tinham passado dos limites era evidente, Passou a vista por todos os rostos que estavam ali, depois voltou a olhar a prima e piscou um olho para a mesma. Soltou sua blusa, afastou-se um pouco e guardou a varinha. – O que vocês tanto olham? VAMOS CIRCULAR QUE VIGIAR A VIDA DE DOIS MONITORES NÃO É ALGO MUITO LEGAL E PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS! – O murmúrio surgiu e instantes depois todos voltavam as suas atividades normais. Na cabeça do garoto louro uma interrogação se formava a cada vez que usava seus privilégios de monitor para se dar bem, mas desta vez utilizou o privilégio de dois monitores e, portanto era um novo marco para o próprio. Quis tirar uma foto daquele momento e guardar no seu álbum pessoal, mas se desfizera de sua câmera fotográfica há algum tempo, quando percebeu que naquele ano perder tempo tirando fotos o atrapalharia muito.

Ao voltar ao raciocínio antigo se tocou que poderia ser morto a qualquer momento e então virou-se de frente para Sarah numa velocidade incrível, seu coração estava acelerado por saber que foi longe demais, mas a garota estava com a mente muito ocupada, uma das mãos na cintura e a outra solta, os cabelos mais claros que o dele e tão atraentes quanto. Foi daí que um raio de luz iluminou sua mente, a garota viaja em pensamentos com o que ele a dissera, que sendo em relação ao Lorde das Trevas ele era mais útil, porém era o que tinha ouvido do mesmo. Ficar afastado de Sarah não estava sendo muito legal, juntos tudo havia sido mais eficaz, mais facilmente construído. – Você sabe que as coisas não devem ser assim, não sabe? Porque não me perdoar? Aquela era minha missão e sempre tivemos objetivos diferentes... Nunca disse que estava buscando o que você buscava, apenas disse que te protegeria. E cumpri com minha palavra.

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Um sorriso sarcástico delineou meus lábios enquanto o fitava com desprezo - Estou falando com um traidor desprezível. E sim, eu posso ameaçar quem eu quiser, e não apenas por quem sou mas também pelo o quê posso fazer - lhe respondi num tom carragado de prepotência, orgulho e ameaça, demonstrando toda minha superioridade diante dele. Porque era assim que eu me lembrava de Theodoro, um garoto ambicioso com sede de servir o Lorde da Trevas, porém nada mais do que um inútil que sempre foi, e sempre será inferior á mim.

Porém ao que parecia ele havia mudado, e sua ousadia ao me empurrar contra a parede apontando a varinha em meu rosto, era um claro sinal disso. Em outros tempos aquela atitude me despertaria um ódio tão grande que o faria pagar ali mesmo, na frente de todos os olhares curiosos. Mas eu também havia mudado, e a paciência e calma que eu conseguia demonstrar diante da situação chegavam a ser assustadoras, como um prenúncio de uma tempestade quando o mar está tranquilo demais.

Sorri debochadamente diante de sua provocação - Então é por isso que está se achando alguém... - eu debochava por fora, mas não conseguia deixa de sentir raiva por saber que até aquele infeliz do Theodoro estava sendo útil para meu pai, e eu não. Não conseguia entender o por quê do meu pai querer me manter fora de seus planos, ele achava mesmo que ficar enclausurada naquela maldita academia era melhor do que estar com ele?

Fiquei perdida em meus pensamentos e conjecturas enquanto ele dispersarva os alunos que nos rodeavam, até que sua voz e seu discurso ridículo me despertou - Você me protegeu? - o regulei de cima á baixo ainda com o ar de deboche - Um ser medíocre como você não é capaz de proteger nem a si mesmo, muito menos aos outros. Nunca precisei de sua proteção. É mais fácil você precisar da minha... - me desencostei da parede e me aproximei dele parando á sua frente - É isso não é? Você quer se reaproximar de mim para ter minha proteção, e os benefícios que ela pode te dar diante do Lord. - balancei a cabeça negativamente lançando-lhe um olhar de pena, enquanto levava minha mão ao seu rosto acariciando-o como uma forma de provocação.

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Ser tocado pela princesa do país que habita, pela futura rainha das trevas, aquilo realmente o excitava bastante. Entretanto o fato dela não ser grata por tê-la acompanhado e protegido por tanto tempo o fazia se achar um grande lixo, um nascido trouxa de sangue imundo. Respirou fundo para engolir as palavras venenosas de sua prima de sexto grau, ou sétimo, sabe-se lá. A mão fria e macia deslizava por seu rosto deixando-o com vontade de algo a mais, mas envolver-se sentimentalmente com ela de novo poderia ser um erro tremendo. Se machucar por uma segunda vez não estava em seus planos. Principalmente agora, que Sarah o igualava a um parasita que precisa dela para continuar com seus ideais, isto o deixara bastante furioso.

- Não me subestime. – Balbuciou tirando a mão provocativa de sua pele e segurando-a com firmeza com uma distancia de alguns poucos centímetros do seu rosto. Os dedos entrelaçando-se nos dela. Os pés involuntariamente o levando para mais próximo da garota, as pernas sacudindo de nervoso e o coração batendo a mil. Estavam tão próximos que não sabia se ela tentava o provocar, ou se seu próprio corpo se rendia a tentar provocá-la também. O movimento no corredor ainda era intenso, mas ninguém prestava muito atenção no que estava acontecendo entre os dois, talvez por serem monitores, ou talvez – o mais obvio – por terem parentesco com o Lorde das Trevas e uma enorme lista de boatos e crimes provados nas costas.

Sarah respirava calmamente, sua expiração batia no rosto do garoto e agitava um pouco os cabelos louros. Os dedos do Lestrange soavam por causa da distonia, o que transparecia seu nervosismo. – Quem você pensa que é para brincar comigo? – Indagou em sussurros que apenas ela poderia escutar. – Acho que já superamos essa fase de joguinhos um com o outro. Não é? Precisamos um do outro tanto quanto Milorde precisa de nós dois juntos. – Encostou de fato o corpo com o corpo dela, abraçou-a com uma mão e continua a segurar a sua outra no ar, mais ou menos numa posição precisa para uma dança. Encostou seus lábios na bochecha da prima e deu um rápido beijo com bastante delicadeza e carinho. – Só não me diga que não sente falta de nós...

AÇÕES FINALIZADAS!

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Como previ que faria ele tirou minha mão de seu rosto e por um momento me fitou balbuciando para não subestimá-lo, em resposta um sorriso debochado voltou á delinear meus lábios. E mesmo com sua aproximação exagerada me mantive imóvel, apenas olhando-o com aparente despreocupação. Já ele não conseguia esconder seu nervosismo, sua mão que segurava a minha soava, podia senti seu corpo estremecer, e por um momento vislumbrei em seus olhos o antigo Theodoro cheio de insegurança que eu conhecia.

- Acho que já te respondi essa pergunta meu querido e traiçoeiro primo, e tenho absoluta certeza de que você sabe muito bem quem eu sou. - sussurrei de volta demonstrando com clareza que não pretendia deixá-lo esquecer minha posição superior á sua. Então seu corpo encostou ao meu de maneira ousada e senti seu braço me envolver, será que ele espera uma música soar pelo corredor para dançarmos juntos, assim como acreditava piamente em suas próprias palavras? Seus lábios tocaram minha face num beijo delicado me despertando a lembrança de um beijo longo e intendo que demos á muito tempo, deitados na grama fofa de algum lugar em Godric's Hollow.

Não sei porque lembrei daquilo, mas uma coisa era certa, desde que Theodoro me traiu eu me vi sozinha, assim estava desde então. E apesar de não querer admitir eu sentia sim falta de nós, mas não era por isso que eu esqueceria o que ele havia feito. - Você quer meu perdão? Pois então faça por merecer... - sussurrei em seu ouvido pouco antes de voltar á fitá-lo com um olhar vingativo - Você me humilhou ao me trair daquele jeito, quero que sinta o que eu senti... - me afastei alguns passos dele, e com um feitiço simples aumentei o som da minha voz para chamar a atenção de todos os alunos que passavam pelo corredor.

- Se aproximem todos! - ordenei com meu tom naturalmente imponente, e observei satisfeita um aglomerado se fechar num círculo ao nosso redor – Meu querido primo ganhou o respeito e admiração de vocês por ter me traído, em troca porém, ele perdeu qualquer confiança ou consideração que eu pudesse sentir por ele. – uma onda de cochichos fez-se ouvi e eu ergui a mão para que se calassem – Agora, obviamente arrependido, ele quer recuperar o que perdeu. – voltei minha atenção novamente para Theodoro e falei desta vez me dirigindo á ele – Você quer meu perdão? Então ajoelhe-se na frente de todos e implore – o rancor era notável em minha voz – Isso vai provar pra todos vocês, escória e ralé que insistem em resistir, que haja o que houver, no fim todos sucumbem ao poder dos Collins e acabam prostrados aos nossos pés. – falei para todos - E então Theodoro, o que vai ser? Vai me pedir perdão de joelhos, ou prefere meu ódio eterno? – se ele fosse sensato escolheria a primeira opção.

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“Traga o que eu lhe pedi haja o que houver, aconteça o que acontecer. Depressa.”. As palavras ecoavam constantemente em sua cabeça fazendo-a latejar. O sucesso a principio foi tão belo e estonteante, mas agora o remorso dominava suas veias e cintilava em sua face. Ajoelhar-se para um membro da dinastia Collins era uma honra para o garoto, mas ajoelhar-se implorando perdão na frente de todos seria constrangedor e ridículo, todos jamais esqueceriam aquilo, a noticia rapidamente se espalharia pelos quatro cantos do mundo. A respiração ofegante, o medo o envolvendo por completo, todas as lembranças percorrendo sua memória numa velocidade incrivelmente rápida, um turbilhão de sensações dominando seu corpo por inteiro. Se não conhecesse tão bem o gênio ruim da prima diria que a mesma estava esquizofrênica, ou sofrendo de dupla personalidade e o seu ‘alter ego’ dominara de vez o controle. Mas não, aquilo era apenas sede de vingança.

O corredor estava preto de tanta gente, uns gritavam para os outros até o ponto de quase todos da academia chegarem correndo, inclusive funcionários, que nada faziam. – Não precisa ser assim... Porque isso agora? – A humilhação o repreendia, mas a garota em nada se abalava quanto aquilo. Passou a vista ao redor como fizera diversas vezes naquele dialogo ridículo com sua prima, a enfermeira estava olhando-o descrente, Richard Collins os olhava assustado e diversos outros inimigos incomuns deles os observavam com ar de vitória, pôde até ler quando um deles balbuciou: “Que coisa mais linda, cobra comendo cobra. Que momento único.”. Mas o que mais prendeu sua atenção foi o rapaz louro e jovem que em muito se parecia com ele fisicamente. Diandra Úrsula encorajava o sobrinho com um aceno de cabeça, incentivava-o incansavelmente que sucumbisse a vontade da princesa das trevas.

O frio do mármore passou por suas vestes e deixou seus joelhos gelados, sussurros surgiram por todos os lados e o murmúrio denunciou o quão rápida aquela noticia se espalharia, constatando a certeza do pobre garoto. Estava ajoelhado, obedecendo uma ordem de sua superior. – Eu, Theodoro Úrsula Lestrange, sei que errei ao subestimá-la e por isto imploro o seu perdão. Srta. Collins. – Levantou um pouco o rosto fitando os olhos da garota, por alguns segundos sentiu o ardor nos olhos e o coração palpitando de raiva, lágrimas se formavam deixando sua visão um pouco ofuscada. Tinha feito sua parte, tinha dado o primeiro passo para a reconciliação e queria ser correspondido também. – Dê-me a sua mão. Ajude-me a voltar ao seu lado direito. – Indagou estendendo o braço para que Sarah o aceitasse novamente. Esperava por reciprocidade da antiga parceira.

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Os expectadores da cena se multiplicavam á cada minuto, e os comentários sussurrados soavam como zumbidos de um enxame de abelhas irritantes. A vergonha e constrangimento estavam estampados na face de meu primo, enquanto seus olhos vislumbravam ao redor aqueles que antes chegaram a admirá-lo por seu grande feito ao trair a princesa das trevas. Mas agora tudo o que faziam era zombar e ridicularizar o loiro sem nem sequer pestanejar. A voz de Theodoro soou quase como uma súplica, me perguntando o por quê, e foi com a mesma frieza de antes que lhe respondi - Porque quero que sinta o que eu senti.

Um comentário desagradável se sobressaiu da multidão e virei meu rosto imediatamente em direção ao indivíduo encarando-o com um olhar assassino. Era um aviso silencioso de que mantivesse a língua dentro da boca, caso contrário saberia o que uma das “cobras” que estava ali, era capaz de fazer. Voltei minha atenção para Theodoro quando finalmente se rendeu á minha vontade, e ajoelhou-se á minha frente vencendo o próprio orgulho. Um sorriso de satisfação delineou meus lábios enquanto o observava com a cabeça baixa pedindo meu perdão. Ao fim seus olhos encontraram os meus e pude ver raiva e humilhação querendo inundar os dele de lágrimas.

Por breves segundos que para ele devem ter parecido uma eternidade, apenas o fitei em silêncio. Ele temia que eu virasse as costas e o deixasse ali com a mão estendida ignorando o sacrifício que acabara de fazer. Mas não o faria. - Pra mim foi o suficiente. E estendo a minha mão como sinal do meu perdão. - estiquei o braço em sua direção e o ajudei á erguer-se. E quando estava de pé, dei um passo á frente me aproximando dele e lentamente encostei meus lábios dando-lhe um beijo em sua face direita como uma confirmação do meu perdão. Mais sussurros ecoaram pelo corredor lotado e ignorando-os completamente, colei a lateral de meu rosto ao dele e confessei em tom baixo, próximo ao seu ouvido, a resposta da pergunta que me fizera á pouco - Senti sua falta. - só então me afastei e olhando-o uma última vez, me virei e continuei meu caminho passando pelo corredor humano que se formara para minha passagem.

AÇÕES FINALIZADAS!!!

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Ações Finalizadas com Sucesso!

» Dia 17 de Abril | Quarta-feira | Madrugada | Corredores | RP Fechada
» RP Fechada - Sarah Collins.Theodoro Collins / 02 de maio / 00:00
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